Humanizar máquina é uma estratégia

A humanização das máquinas é um tema recorrente nas discussões sobre inteligência artificial (IA) e com o lançamento do ChatGPT4.0 o assunto ganhou relevância.

Quando falo em humanização me refiro à tendência de atribuir características humanas à máquinas, sejam elas físicas, comportamentais ou cognitivas. Essa prática, muitas vezes, é ampliada pelo uso de verbos e termos que tradicionalmente descrevem condições de consciência exclusivamente humanas.

Primeiramente, é importante entender que, ao utilizar verbos como “pensar”, “entender”, “aprender” e “decidir” para descrever as ações de uma IA, estamos, na verdade, utilizando uma metáfora. Máquinas não possuem consciência, emoções ou compreensão no sentido humano da palavra. Elas executam algoritmos complexos que simulam esses processos, mas não experimentam a realidade subjetiva que acompanha tais ações em humanos.

Mas por que fazemos isto? Uma das razões é melhorar a experiência humana na interação com a máquina.

As características humanas em uma máquina melhoram a assimilação, diminuem a resistência de atenção e ampliam a recepção da informação, isto ja foi muito usado nas religiões e nos contos infantis e se chama de antropomorfismo.

Os assistentes virtuais, são um exemplo aplicado em máquina, que utilizam voz humana para comunicação e são programados para responder de forma amigável e empática, o que pode ajudar usuários a se sentirem mais confortáveis e engajados.

Quando dizemos que uma IA “aprende”, estamos nos referindo ao processo de machine learning, onde a máquina ajusta seus parâmetros internos com base em dados de entrada. Este “aprendizado” é puramente estatístico e não envolve a compreensão ou a experiência que um humano tem ao aprender algo novo.

Usar verbos de consciência para descrever ações de IAs ajuda a simplificar a comunicação sobre tecnologias complexas, quando digo que uma IA “entende” uma imagem torno mais acessível a explicação dos processos de reconhecimento de padrões e análise de dados que realmente ocorrem.

Neste cenário que está crescendo precisamos levantar uma preocupação ética, quando atribuímos consciência para máquinas embarcamos em um enorme mal-entendido sobre as capacidades e limitações das Inteligencias Artificiais. Se os usuários acreditarem que uma IA “sente” ou “pensa”, podem desenvolver expectativas irreais sobre o que a tecnologia pode ou não fazer e ter medo do que não precisa, exemplo a IA vai tomar meu emprego.

A humanização das máquinas e a utilização de verbos de consciência para descrever inteligências artificiais é uma prática que reflete a nossa tentativa de tornar a tecnologia mais compreensível e acessível, mas  é crucial lembrar que, apesar dessas analogias, IAs não possuem consciência, emoções ou entendimento. São ferramentas poderosas que funcionam com base em algoritmos e dados e fazer essa distinção é fundamental.

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