Generosidade a virtude que salvará a humanidade
Hoje decidi falar de um metaverso diferente o da economia descentralizada e de como iremos tratar desse assunto. Bora entender…
A economia é uma forma de interação humana; um processo em que as dívidas são movidas entre duas ou mais pessoas que emergiram de um simples sistema de trocas.
As sociedades desenvolveram sistemas de notação usando marcações em tábuas de argila, papiro e outros materiais para contabilizar culturas, gado e terra, a fim de manter o controle administrativo de objetos prontos para uso.
Adam Smith, muitas vezes conhecido como “O Pai da Economia”, cujas ideias de livre mercado e “a mão invisível” criaram a base para a economia moderna apresentando alguns princípios-chave como: confiança entre os intervenientes de forma individual e no sistema como um todo, equidade e medições comuns de custo, risco e valor.
Ao longo do tempo, outras distinções dentro do campo da economia foram estabelecidas:
- economia positiva,
- economia normativa,
- teoria econômica,
- economia aplicada,
- economia racional,
- economia comportamental,
- economia convencional,
- economia heterodoxa.
Hoje temos uma economia de mercado, um acúmulo de pressupostos específicos gerados ao longo da história, muitas vezes baseados no patriarcado e no poder.
Mas em algum lugar na criação dessa estrutura, algo deu errado. Reduzimos um sistema complexo a uma medida simples – o preço.
Nossa condição humana, ambiente, ancestralidade, memórias e relacionamentos são todos profundamente valiosos, vivem no coração de nossa existência e moldam as nossas decisões diárias – mas nossos mecanismos de compreensão e operacionalização desse valor são extremamente redutores. Precisamos reconhecer o emaranhado de valores além da abstração do preço.
É difícil identificar confiança, cuidado, generosidade, justiça ou colaboração dentro da economia global de hoje.
Os seres humanos evoluíram como criaturas fundamentalmente sociais, incapazes de sobreviver, sem se importar em prosperar, sem o apoio coletivo dos semelhantes.
O indivíduo não produz valor consistente sem o grupo.
Precisamos revigorar ou melhor “religare”, formas estagnadas de olhar, pensar e falar.
Será que poderíamos estabelecer uma economia de mercado alternativa centrada no cuidado, na confiança, na generosidade, na importância da inteligência coletiva e em conjuntos profundos de relacionamentos?
Se sim, como lidaríamos com a centralização do controle, a exclusão por atividade exercida, desconfiança e por fim os diferentes valores.
Você já pensou que os mercados são estruturados em torno de uma única variável – preço e medidos em torno de uma produção – crescimento econômico.
Isso realmente me cansa.
Isso gera consequências na dinâmica dos relacionamentos humanos e prejudicando seriamente a vida em uma desigualdade aguda, global e crescente.
Em vez de confiar, desenvolvemos uma necessidade de controle. Todas as interações são baseadas no poder, em vez de um cuidado profundo e generoso com o outro.
Desenvolvemos a necessidade de nos sentirmos superiores como forma de nos sentirmos dignos. Já pensou nisso?
Essa necessidade básica e natural de reconhecimento dos outros está profundamente enraizada no sistema econômico e em nosso lugar dentro dele.
Os sentimentos estão em simbiose com a economia.
O sentimento decide o que compramos, como gastamos nosso dinheiro e onde vemos que o capital é necessário.
A economia está ligada ao estresse, ao medo de ficarmos sozinhos ou na necessidade de silenciarmos a falta de satisfação interna.
Então você não acha que as economias também podem governar nossos sentimentos através de identificações construídas, acalmando questões existenciais e criando estruturas para a vida cotidiana mais justas e generosas?